Músicas e seus intérpretes,compositores, arranjadores e maestros,que se notabilizaram no cenário internacional nas suas épocas.A catalogação abrange cantores,líderes de bandas,orquestras e conjuntos, de vários gêneros:Boogie-Woogie, Swing Era, Jazz,Pop, Rock, Easy Listening,Música Celta, Clássico e Trilha Sonora.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
DAVE BRUBECK, O ÍCONE DO JAZZ MODERNO, MORREU
Morreu Dave Brubeck, o pianista que fez o jazz sorrir
Por Rodrigo Amado
Dave Brubeck (1920-2012), pianista que celebrizou Take five, morreu esta quarta-feira, na véspera de fazer 92 anos. Deixa-nos mais de 250 temas a ideia de que o jazz também pode ser alegre.
Amado por muitos e considerado sobreavaliado por outros, Dave Brubeck foi sem dúvida um dos mais famosos músicos de jazz de sempre. Inserido no seu álbum Time Out, de 1951, o tema Take five atravessou gerações de ouvintes, tornando-se um dos grandes clássicos do género e o single de jazz mais vendido de todos os tempos.
A melodia simples e saltitante do tema, composta e tocada pelo tom de veludo do saxofone de Paul Desmond, veio trazer uma nova alegria ao jazz de então, projectando Dave Brubeck e o seu grupo para o estrelato mundial. Ainda hoje o tema é facilmente reconhecido pelas mais diversas pessoas nos quatro cantos do mundo, tendo-se tornado um símbolo de um jazz alegre e descomplexado, profundamente "swingante".
Nascido em 1920, na Califórnia, Brubeck começou a aprender piano aos quatro anos. Alegando dificuldades de visão, evitava aprender a ler partituras, tendo desenvolvido a sua música de forma algo autodidacta. Ainda jovem, tocava nos bailes com uma banda local e planeava ser veterinário. No entanto, ao entrar na universidade, passou a tocar em clubes nocturnos para pagar os estudos e depressa percebeu que era isso que queria seguir como carreira.
Recrutado para a Segunda Guerra Mundial, Brubeck serviu sob o comando do célebre general Patton e tocou frequentemente para as tropas em eventos da Cruz Vermelha. Quando solicitado a formar uma banda entre os seus colegas militares, criou um grupo a que deu o nome The Wolfpack, um ensemble multi-racial, numa altura em que o Exército norte-americano era ainda fortemente marcado pela segregação. Forte opositor à discriminação, o músico viria mais tarde a actuar regularmente no Sul dos Estados Unidos, muitas vezes em clubes exclusivamente para negros.
Ao sair da tropa, já na faculdade, Brubeck quase foi expulso ao descobrirem que não sabia ler partituras, sendo, no entanto, defendido pelo seu enorme talento em contraponto e harmonia. Um talento realmente invulgar que fez das gravações de Take five, Blue rondo à la turk e muitos outros temas do seu repertório canções facilmente memorizáveis e de grande impacto melódico.
Como pianista, aplicou ao jazz os ensinamentos clássicos do seu mais influente professor, o mestre francês Darius Milhaud, criando a variação mais notável do que se viria a chamar west coast jazz. Ao longo da sua carreira tocou com muitos dos grandes, como Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Carmen McRae ou Gerry Mulligan, e o fenomenal sucesso do Dave Brubeck Quartet, o grupo que formou com Paul Desmond, Eugene Wright e Joe Morello, permitiu-lhe vender milhões de álbuns e tocar a sua música nos mais prestigiados palcos de todo o mundo.
Brubeck compôs mais de 250 temas e escreveu música para ballet, orquestras ou cerimónias religiosas. Da sua longa discografia, destacam-se Time Out, mas também Brubeck Time, Time Further Out, Jazz at Storyville e The Dave Brubeck Quartet at Carnegie Hall.
Considerado uma lenda viva pela Biblioteca do Congresso americano, Dave Brubeck foi o primeiro músico de jazz branco a aparecer na capa da revista Time, em 1954 (Louis Armstrong já o havia feito em 49) e um dos poucos a actuar para quatro Presidentes americanos.
A melodia simples e saltitante do tema, composta e tocada pelo tom de veludo do saxofone de Paul Desmond, veio trazer uma nova alegria ao jazz de então, projectando Dave Brubeck e o seu grupo para o estrelato mundial. Ainda hoje o tema é facilmente reconhecido pelas mais diversas pessoas nos quatro cantos do mundo, tendo-se tornado um símbolo de um jazz alegre e descomplexado, profundamente "swingante".
Nascido em 1920, na Califórnia, Brubeck começou a aprender piano aos quatro anos. Alegando dificuldades de visão, evitava aprender a ler partituras, tendo desenvolvido a sua música de forma algo autodidacta. Ainda jovem, tocava nos bailes com uma banda local e planeava ser veterinário. No entanto, ao entrar na universidade, passou a tocar em clubes nocturnos para pagar os estudos e depressa percebeu que era isso que queria seguir como carreira.
Recrutado para a Segunda Guerra Mundial, Brubeck serviu sob o comando do célebre general Patton e tocou frequentemente para as tropas em eventos da Cruz Vermelha. Quando solicitado a formar uma banda entre os seus colegas militares, criou um grupo a que deu o nome The Wolfpack, um ensemble multi-racial, numa altura em que o Exército norte-americano era ainda fortemente marcado pela segregação. Forte opositor à discriminação, o músico viria mais tarde a actuar regularmente no Sul dos Estados Unidos, muitas vezes em clubes exclusivamente para negros.
Ao sair da tropa, já na faculdade, Brubeck quase foi expulso ao descobrirem que não sabia ler partituras, sendo, no entanto, defendido pelo seu enorme talento em contraponto e harmonia. Um talento realmente invulgar que fez das gravações de Take five, Blue rondo à la turk e muitos outros temas do seu repertório canções facilmente memorizáveis e de grande impacto melódico.
Como pianista, aplicou ao jazz os ensinamentos clássicos do seu mais influente professor, o mestre francês Darius Milhaud, criando a variação mais notável do que se viria a chamar west coast jazz. Ao longo da sua carreira tocou com muitos dos grandes, como Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Carmen McRae ou Gerry Mulligan, e o fenomenal sucesso do Dave Brubeck Quartet, o grupo que formou com Paul Desmond, Eugene Wright e Joe Morello, permitiu-lhe vender milhões de álbuns e tocar a sua música nos mais prestigiados palcos de todo o mundo.
Brubeck compôs mais de 250 temas e escreveu música para ballet, orquestras ou cerimónias religiosas. Da sua longa discografia, destacam-se Time Out, mas também Brubeck Time, Time Further Out, Jazz at Storyville e The Dave Brubeck Quartet at Carnegie Hall.
Considerado uma lenda viva pela Biblioteca do Congresso americano, Dave Brubeck foi o primeiro músico de jazz branco a aparecer na capa da revista Time, em 1954 (Louis Armstrong já o havia feito em 49) e um dos poucos a actuar para quatro Presidentes americanos.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
DAVE BRUBECK
Ícone do jazz, pianista Dave Brubeck morre aos 91 anos
Músico norte-americano comemoraria aniversário nesta quinta-feira (6).
Ele era reconhecido pelas canções 'Take five' e 'Blue rondo a la turk'.
Do G1, em São Paulo, com informações da AP
(Foto: Richard Drew/AP)
Ele morreu de insuficiência cardíaca quando estava indo visitar seu cardiologista com o filho Darius, de acordo com Russell Gloyd, empresário do pianista.
A carreira de Dave Brubeck começou em 1951, quando ele formou o The Dave Brubeck Quartet. O pianista foi o primeiro músico de jazz moderno a ser retratado na capa da revista "Time", no dia 8 de novembro de 1954.
Entre seus trabalhos mais importantes está "Time out", de 1954, o primeiro disco de jazz a vender um milhão de cópias. O álbum conta com "Blue Rondo a la Turk" (ouça) e "Take five" (ouça), duas das músicas responsáveis pela fama de Dave Brubeck.
Nascido na cidade de Concord, na Califórnia, em 6 de dezembro de 1920, Dave Brubeck tinha planos de se tornar fazendeiro como seu pai. Ele frequentou a faculdade do Pacífico (atualmente Universidade do Pacífico) em 1939 com a intenção de se formar em medicina veterinária. Com um ano de estudos, porém, ele começou a se voltar para o universo musical. Se formou em 1942 e foi convocado pelo Exército, onde serviu principalmente como músico.
Após servir na Segunda Guerra Mundial, Brubeck formou um octeto que incluía Paul Desmond no sax alto, Van Dave Kreidt no sax tenor, Cal Tjader na bateria e Bill Smith no clarinete. O inovador álbum "Dave Brubeck Octet" foi gravado e lançado em 1946. Mais tarde, o grupo evoluiu para um quarteto que se apresentou em faculdades e universidades.
Com a mulher Iola teve cinco filhos e uma filha. Quatro deles — o trombonista e baixista Chris, o baterista Dan, o tecladista Darius e o violoncelista Mateus — tocaram com a Orquestra Sinfônica de Londres em dezembro de 2000, em homenagem a Brubeck.
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